O
brilho em meus olhos está muito além do que se possa entender.
É
antigo demais, é milenar.
Vem
através dos séculos; ascendente, quente...
Um
queimar em meu peito, fazendo meu sangue e todo o resto pulsar.
Como
uma ave que vive em mim;
chama
que arde e me completa... indomável, liberta;
sem
grades e sem correntes...
E
não há nada em ti que a possa aprisionar.
Fogo
que às vezes parece desaparecer, se apagar, extinguir...
deixando
apenas cinzas e um rastro de morte...
Daí
então, quando quase parando meu coração,
das
cinzas renasce a ave em chamas e o fogo volta a ressurgir.